O Cinema deseja a Música desde os tempos do Mudo e das orquestras a acompanhar as imagens sem ruido da tela branca. Com a evolução do cinema, a sua relação com a música multiplicou-se em significados e intenções, desde a banda sonora que emoldura as imagens, à força diegética que as molda e direcciona, para além das abordagens documentais, etnográficas ( o cinema, o audiovisual a preservar a herança e as experiências musicais), o musical, o experimental, etc…
No ano em que o Cante Alentejano foi considerado património cultural imaterial da humanidade pela UNESCO, quisemos explorar as múltiplas utilizações da música no panorama cinematográfico português, no que ás curtas-metragens diz respeito.
Assim se foi criando o honesto ciclo “O Cinema e a Música“, onde partilhamos com quem quiser viagens da música pelo cinema português… Desde o documentário livre de Tiago Pereira (“Vamos tocar todos juntos para ouvirmos melhor“) e a ficção particular de João Botelho (“O bravo som dos tambores” ), dois registos muito diferentes, produzidos no âmbito de Guimarães capital europeia da cultura; até ao animado musical fado de Joana Toste (“Guisado de Galinha“).
Exibimos orgulhosos o filme promocional do cante alentejano realizado por Sérgio Tréfaut, (“Cante“), realizador que estreou este ano a longa “Alentejo, Alentejo” (para deleite de alentejanos e cinéfilos), e traz-nos também “Waiting for Paradise“, um retrato do mundo árabe onde a musica está omnipresente.